Uma parábola calvinista

   Suponha que vocês estão em uma prisão condenados eternamente pelos seus atos e transgressões e não há ninguém que queira pagar a fiança.
   Então aparece um Homem e diz: Quero pagar a fiança destes homens!O delegado pergunta: De todos eles?



O Homem diz: Não! Só daqueles três homens ali no canto.
Delegado: Então você não pode pagar por todos?
Homem: Posso pagar por todos, mas só quero estes.
Delegado: E vai condenar os outros a prisão eterna?
Homem: Eles apenas receberão o pagamento pelo seu pecado.
Delegado: Você é injusto!
Homem: Injusto, eu? Só haveria justiça se salvasse a todos? Não os coloquei ai, eles que se colocaram neste estado, disse que se me desobedecessem iriam parar na prisão, mas deram ouvidos a um mentiroso que andava na fazenda e me desobedeceram. Deixando-os ai mostro minha justiça, pois pagarão pelos próprios atos, e com estes três mostro minha misericórdia, pois os livrarei do cárcere.
Delegado: Mas porque só estes três?
Homem: Porque eu os quero, escolhi para mim, construi uma nova fazenda e quero levá-los comigo.
Delegado: Mas estes pecaram como os outros, o que eles fizeram para merecer isto?
Homem: Nada! Decerto que merecem a prisão, mas o que tem você se eu que sou misericordioso quero levá-los.
Delegado: Se fosse misericordioso levaria todos, não?
Homem: Não! Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
Delegado: Mas o preço é alto e até hoje ninguém pôde pagar.
Homem: Eu pago com minha vida.
Delegado: Ok! Vou tirar os três.
Homem: Não! As chaves da prisão são minhas, tiro quem eu quiser. E em verdade te digo que os que eu escolher Jamais voltarão à prisão, pois o valor está quitado.

O Homem então chega à cela, abre e tira três homens que já havia escolhido. Então um dos que ficaram pega em seu braço e diz: Senhor! Senhor! Em tua fazenda trabalhamos e fizemos o que disseste e agora nos deixa na prisão? Então o Homem fala:
“Apartai-vos de mim praticantes de iniqüidade, nunca vos conheci. Estão ai pelos seus atos não pelos meus.”

                                                                          Por Leonardo Gonçalves

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